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quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Escolas brasileiras testam 'laptop tupiniquim'

Alternativa chamada ‘lap tup-niquim’ é usada em escolas de Serrana, SP. Tela sensível ao toque fica sobre a carteira e permite acesso à web.

Enquanto o projeto do notebook educacional não avança dentro do governo federal, uma opção alternativa chegou a algumas escolas da cidade de Serrana (SP) com a promessa de custo baixo e maior conforto aos estudantes de escolas públicas. O "lap tup-niquim", como foi batizado, ou a carteira escolar digital, foi patenteada por pesquisadores do Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI) de Campinas e conta com o apoio da Secretaria de Inclusão Social do Ministério da Ciência e Tecnologia e da Secretaria de Ensino à Distância do Ministério da Educação. Victor Pellegrini Mammana, gerente da Política de Desenvolvimento Produtivo (PDP) de Displays do Governo Federal e um dos responsáveis pela patente do lap tup-niquim, afirma que o governo federal estuda a adoção das carteiras como uma alternativa, e não um substituto, aos notebooks educacionais. Ele cita, entretanto, em entrevista à Reuters, que "o laptop [educacional] tem certas características, como tela pequena, teclado apertado e o fato de poder ficar obsoleto em pouco tempo". Por isso, "surgiu idéia de fazer algo diferente, que valorizasse o conforto e a saúde" dos estudantes da rede pública.
No modelo, a carteira do aluno recebe uma tela de vidro que é, na verdade, um display sensível ao toque que interage com uma caneta e funciona como um terminal de computador. Um software permite armazenar como arquivo digital tudo o que o aluno escreve com a caneta ou lapiseira e o terminal também pode acessar a internet. Segundo Mammana, "o preço do equipamento pode ficar abaixo de R$ 800 por unidade" e um terminal pode ser compartilhado por vários alunos, o que reduz ainda mais seu custo.

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